Mensagens

A mostrar mensagens de outubro, 2003

Anedotas

Imagem
Um preto entrou numa loja para comprar chocolate. O empregado perguntou: «Branco ou preto?» Então o preto tirou o cinto, desapertou a braguilha e disse: «Baixa as calcinhas». Um branco entrou numa loja para comprar leite. O empregado perguntou: «Com ou sem café?» O branco respondeu: «Vai pró caralho». Uma mulher foi ao hospital à procura do marido. O médico de serviço era preto e disse: «Dispa- -se», A mulher, sentindo-se insegura, respondeu: «Não.» Então o médico rapou da sarda e violou-a. Um arquitecto homossexual quis comprar uma mobília de quarto. Meteu-se no carro para ir ao Vassoureiro mas perdeu-se e atropelou um cão. Quando a mulher lhe perguntou «Onde é que estiveste toda a tarde?» ele respondeu: «Fui comer um gelado ao Patchuka.» Era uma Vez um papagaio com um pénis do tamanho de um Caran d’Ache. Um dia uma criança ofereceu-lhe uma Bélita e ele sofreu uma erecção massiva. «Olá», disse a criança. «Que é isso que tens entre as pernas?» E o papagaio ripostou: «Pouca conversa e b

Manual nazi para detectar taxas de risco. .

Antes de chegar a vias de facto com a jovem é possível, com diplomacia, avaliar os factores de risco dela ser seropositiva. Em caso de resposta afirmativa a QUALQUER UMA DESTAS PERGUNTAS , afaste-se imediatamente da pessoa infectada e informe os seus amigos e a polícia. Ex: 1. «Não achas que cada um tem direito à sua sexualidade?» 2. Costumas ir ao Frágil? 3. Eras capaz de dar um beijo num preto? 4. Alguma vez levaste no c*? 5. Tens ido ao dentista ultimamente? 6. Ele é solteiro? 7. Emprestas-me a tua seringa? 8. Vais votar no PRD? 9. Foste à exposição do Mapplethorpe? 10. Gostas de Jean Genet? 11. Posso levar-te a casa? Todo o cuidado é pouco! O seronegativismo Como estilo de vida. O SERONEGATIVISMO baseia-se nos mais modernos princípios médicos e éticos e foi desenvolvido nos anos 30 pelo Professor Ângelo Mengel nos laboratórios de Spandau Ballet. SER SERONEGATIVO hoje é afirmar a masculinidade de uma forma equilibrada e saudável. SE QUER REALMENTE EVITAR O MÍNIMO RISCO DE SIDA: Ao

FAMÍLIA-UTOPIA

Imagem
Ilustração: José Fragateiro Nos dias que correm, assiste-se a uma cada vez maior degradação do conceito de família e dos seus valores mais básicos. O texto que Miguel Esteves Cardoso escreve aqui, continua cada vez mais actual. Será este o modelo ideal de família? “HÁ QUALQUER coisa de errado na família. A família não funciona. Sei que, como conservador, deveria defender a família. Mas não consigo. A família é indefensável. É um equívoco. É um efeito de economia. A família está a dar cabo das pessoas. E das famílias. Porque é que as pessoas, só por serem consanguíneas umas das outras, hão-de viver juntas? As crianças haviam de ser separadas dos pais desde a mais tenra idade. Os próprios pais haviam de ser separados um do outro desde a mínima ternura. Só assim é que o amor poderia crescer e a família continuar. Há algo de promíscuo na maneira como as famílias vivem. As pessoas vivem umas em cima das outras. São obrigadas a ver o mesmo canal de televisão, a comer o mesmo arroz de polvo,

Delírios: Os melhores anos da nossa vida

O sonho realizado de qualquer homem seria: . Louise Brooks, em 1920. . Mae West, em 1931. . Beatriz Costa, antes de fazer o Canção de Lisboa. . Mata Hari, em 1914. . Zita Seabra, em 1917. . Frieda Kahlo, em 1937. . Todos os modelos de Man Ray, em qualquer altura. . Eva Braun, em 1943. . Marlene Dietrich, até 1970. . Veronica Lake, em 1947. . Rita Hayworth, até conhecer Orson Welles. . Ingrid Bergman, em 1951. . Marilyn Monroe, em 1964. . Debra Winger, até 2003. . Michelle Pfeiffer, até 2010. . Madre Teresa de Calcutá, em 1926. . Margaret Thatcher, em 1926. . Michelle Creton, em 1927. . Grace Kelly, antes de ser nobre. . Indira Ghandi, em Goa. . Carolina do Mónaco, antes de ficar viúva. . Teresa Patrício Gouveia, antes de ser secretária. . Stéphanie, antes dos onze anos. . Natália Correia, em 1953. . A rainha má, antes de a Branca de Neve nascer. . A Branca de Neve, antes de se meter com anões. . A irmã Lúcia, quando Fátima era apenas um descampado. . A mãe do nosso melhor amigo, em 194

Rua dos Cardais de Jesus

Imagem
Pintura de Ilda David ESTANDO nesta minha morada sazonal, num sábado lento, como são os da cidade, fui surpreendida pela harmónica do amola-tesouras e cujo emblema era um guarda-chuva desmantelado. Daí que o pusessem na lista dos maus presságios anunciador de borranca. E a verdade, é que ela chegava sempre. A nitidez com que soava a gaita de beiços era já prenúncio de ser coada pela humidade do ar. Lisboa é ainda um paraíso de usos e costumes. A par do grande mercado, abundante de queijos franceses e melões de Murcia, há ainda a venda miudinha de bairro que é tão central como o Patriarcado e aonde chegam de todos os clientes: meninos de escola que mascam pastilha elástica e velhas reformadas que discutem o drama dos Kurdos, entre um pacote de margarina e uma caixa de fósforo. Lisboa tem tudo o que tinha há cem anos e algumas novidades de computador e electrodomésticos entre os quais reina o micro-ondas. O lixo é hoje mais sofisticado e não existe já o guarda-mor dos Lastros que proibia

Há gente para tudo: O Castigo

Imagem
DIZ-SE que o castigo infligido às raparigas nasceu nos bordéis, consequência inevitável de um serviço não inteiramente satisfeito ou de algum capricho não realizado. Curiosamente, esta mesma versão responsabiliza não homens irascíveis mas as donas dos próprios bordéis. Uma delas até teve a ideia de fotografar o momento do castigo para mostrar aos seus clientes a disciplina que reinava na casa que dirigia. Teve o efeito inesperado de se converter em mais uma atracção. Outra versão sugere a origem de tão severa prática nos colégios internos de raparigas. Sendo tanto uma como outra explicações possíveis, e não contraditórias, as duas pecam por certo novecentismo excessivo. Acredito que o castigo, como preliminar erótico, deve ter começado no momento em que uma mulher disse não, e se decidiu castigá-Ia não apenas com sofrimento, mas sobretudo com humilhação. No limiar do sado-masoquismo, o castigo é prática erótica mais mística. A expiação antes de cometer o pecado assegura a inocência co

Fugir de Portugal - Parte 4 -A Coca

Imagem
Fotografia: Pedro Cláudio QUE IRONIA ESTA, que dentro da asfixia provocada por um país que consagra por indiferença, por ambição ou por ressentimento um sistema tecnocrático como o cavaquismo, a cocaína - a mais técnica de todas as drogas - possa ser uma maneira de escape. Se se pudesse dar uma droga a cada cor política, a cocaína seria a droga do regime, como o charro é a dos desiludidos da esquerda, a heroína dos abstencionistas, a ecstasy dos CDU e liberais, etc. é evidente que a cocaína não é propriamente uma droga dos trabalhadores: pelo preço, à volta de doze contos a grama; pelo efeito - a coca é a droga da eficácia imediata, não da produção em série. Cheira-se uma linha e tem-se a sensação de que se pode ser nomeado subsecretário de Estado sem necessidade de experiência alguma (pegue-se neste exemplo só como um exemplo, não como um boato). Ou que seremos irresistíveis em qualquer sítio e com qualquer pessoa, é um facto que devemos acreditar quase cegamente na experiência médica

Fugir de Portugal - Parte 3 - O Haxe

Imagem
Fotografia: Pedro Cláudio AS DROGAS NATURAIS estão a fazer um repentino comeback depois do último Verão, com o reflorescer de milhares de novas plantações domésticas em marquises disseminadas pelo País Real, em vasos de terraços e nos próprios canteiros da GNR de Vila Nova da Zambujeira. Não se trata de um renascimento neo-hippie, à semelhança do que se pode observar em Londres e noutras capitais europeias. Longe de qualquer onda saudosista, o renascer do consumo do haxe e da erva é apenas o grito de revolta dos mais desfavorecidos perante o insuportável tédio que impregna a vida quotidiana dos portugueses. É que nem todos podem esportular as maquias exigidas pelos produtores das pastilhinhas coloridas que se tornaram moda nos últimos tempos entre os escapistas ricos deste nosso País Real. Como alternativa às multinacionais do crack e da ecstasy, ao luxo da coca e do cavalo, resta-nos o retorno aos bons velhos produtos naturais, que entorpecem sem causar dano, que entontecem sem fazer

Faire-plaie

Imagem
in K, nº20 , Faire-plaie , Produções Jesus , Maio de 1992

Fugir de Portugal - Parte 2 - O Ecstasy

Imagem
Fotografia: Pedro Cláudio MINUTO ZERO É UM COMPRIMIDO cor-de-rosa, sabe a aspirina e deve engolir-se com água. Custa entre 5 e 10 contos, ninguém sabe onde se vende nem quem vende - mas que ele existe em Portugal, existe. Não nos perguntem mais nada. Esta revista mostra mas não tem de ensinar. MINUTO DEZ NÃO SE PASSA NADA e achamos que fomos enganados. O mundo continua real e continua realmente triste. Os chatos insistem em aproximarem-se à velocidade da luz. Os bares já não dependem da música, nem das mulheres, nem do ambiente: dependem apenas do número de chatos por metro quadrado e das possibilidades práticas de podermos fugir a sete pés. Ao décimo minuto temos a sensação de que nada, realmente nada, nos pode fazer afastar da terra. Começamos lentamente a pensar no momento em que, regressados a casa, teremos algum prazer em rasgar todas as revistas que descreveram, com rigor científico e em monumental delírio, os efeitos do comprimido que os holandeses decidiram criar para a nossa f

Fugir de Portugal - Parte 1 - O Mezcal

Imagem
Um interessante artigo sobre como "fugir" de Portugal, escrito por Alberto Castro Nunes, Carlos Quevedo, Nuno Miguel Guedes, Miguel Esteves Cardoso e Pedro Rolo Duarte. Imaginamos perfeitamente o gozo que deve ter dado escrevê-lo. O artigo vai ser dividido em quatro partes, sendo esta a primeira, e será publicado na sua totalidade ao longo desta semana. " Felizmente o País Real não exige a comparência de todos os portugueses. Podemos não comparecer. Não ligar. Fugir: Não querer saber. Podemos emigrar. Podemos dedicar-nos ao trabalho. Podemos tentar a droga. Podemos enriquecer. Podemos pensar, mesmo erradamente, que a política não é muito importante. Podemos dedicar-nos à família, ao álcool, à vela. Com dinheiro e boa vontade, não é difícil fingir que Portugal é independente do PSD. Nos países mais civilizados, as pessoas mais civilizadas conseguem comportar-se e divertir-se como se outras não existissem. A melhor fuga de todas é aquela que nem sequer admite que anda a f

As Culturistas

Imagem
HÁ UM GINÁSIO encantador na Praça das Amoreiras, o Ginásio Jardim, de ambiente familiar e soalhos luzidios. É lá que se juntam todos os dias alguns rapazes e uma mão-cheia de senhoras casadas com aquele ar eterno de quinze anos. O ginásio é um oásis de saúde, com a luz entrando a rodos e janelas abeirando-se das copas das árvores. Apesar de ser um local onde as pessoas devem exercitar os músculos e soar as estopinhas, o Ginásio Jardim é um repouso. A rotina de quem o frequenta inclui movimentos de aquecimento e, se houver energia, passagem pela sala das máquinas. A sala das máquinas é uma coisa intimidante, com pesos, bicicletas que não vão a lado nenhum e espaldares encostados às paredes. Há lá tudo para tornar as praticantes naqueles seres duros e musculados com braços do tamanho de pernas e pernas do tamanho de torsos. Mas o mais interessante é que nenhuma das senhoras pretende chegar a esse estado, porque, dizem, os músculos são pouco femininos. Acrescentam que não é só a estética

Kane Pela Graça de Kane

Imagem
SAIA um Kane à pressão para a mesa do kanto, pediu a Kapa pelo telefone. Alegadamente, a voz off era do Direktor. Não exagero ao pensar que milhares de direktores devem ter feito pedido semelhante a milhares de kriaturas como eu neste mês de Maio de 1991. Komemorar o 500 aniversário da estreia de Kane é koisa que não vai eskapar a muitos. Só mesmo, talvez, em 28 de Dezembro de 1995 - quando se comemorar o centenário das sessões dos Lumiere - tantos se vão lembrar ao mesmo tempo do mesmo. É justo? Godard rebola-se no túmulo e do fundo dele - há vinte e sete anos e pikos - responde ke sim: "Malditos sejamos todos se esquecermos, nem que seja por um segundo, que, além de Griffith, Welles foi o único - um para o mudo, outro para o sonoro - que fez avançar este maravilhoso comboiozinho eléctrico em que Lumiére não acreditava. Todos, sempre, lhe deveremos tudo." Por uma vez não era polémiko nem excêntrico. O ke ele disse nos anos 60, mais palavra menos palavra, foi o ke toda a gen

Delírios...

Imagem
FASCINADOS com o estilo que o nosso prezado colaborador António Cerveira Pinto imprime às suas conversas, decidimos tentar descobrir o segredo. CONVERSA COM A.C.P. - Isso está a funcionar? - Espero que sim... - Eu pus pilhas novas. - São alcalinas? - Não, são da Praça de Espanha. - De qualquer modo, podemos começar. - É melhor fazer o teste, porque há coisas que, apesar de tudo, gostava que ficassem ditas. - Vamos lá: atenção, um, dois. - Um, dois, três, quatro, experiência, já chega. Põe para trás. - Já tinhas usado esta cassete antes? - Não sei, vamos ouvir. - Gravou tudo. - Ainda bem, já viste o que era se não estivesse gravado... (risos). - Este gravador é mesmo bom... - Pois, é um sony. - Olha que há sonys que... Eis uma brevíssima selecção do saber reaccionário que tão injustamente é esquecido ou posto de lado pela arrogância inocente de um liberalismo que tantas frustrações causou às últimas gerações. O MEU PAI TINHA RAZÃO (algumas verdades reaccionárias) Para uma mulher, ter c

Colombo filho de Portugal

Imagem
Será assim tão difícil mudar o que nos enraízaram desde pequenos na escola e nos filmes? A K tentou em 1991, tentamos mais uma vez em 2002: "Augusto Mascarenhas Barreto estudou durante 20 anos a misteriosa assinatura de Cristóvão Colombo. Decifrando a cabala, confirmou a tese muitas vezes discutida: Colombo era Português. A decifração sigla-cabalística atribui a Cristóvão Colombo o nome de Salvador Fernandes Zarco. É a seguinte a mensagem explícita da cabala estudada por este investigador: "Fernandus Ensifer Copiae Pacis Juliae illaqueatus Isabella Sciarra Camara Mea Soboles Cubae." A tradução: "Fernando, que detém a espada do poder, de Beja, enlançado com Isabel Sciarra Camara, são a minha geração de Cuba." A assinatura: Salvador Fernandes Zarco O PLANO DO REI D. JOÃO II ...Faltava um agente humano; alguém que reunisse condições excepcionais para convencer os Reis Católicos a abdicarem de uma competição com os portugueses no caminho da Índia; alguém que lhes a

Ditados populares

Imagem
QUEM CAGA PREGOS, mija parafusos. O INGLÊS FALA, o francês escreve, o português pensa. MOCHO NA AUTO-ESTRADA, vem aí trovoada. MERDA DE SAPO, mulher no papo. CÃO SEM UMA PERNA, festa na taberna. COBRA PIXOTUDA, sai a taluda. CAMISA ENGOMADA, roupa lavada. LOURO DE PESTANA, só prá semana. VESGA QUE PASSA, mulher devassa. NÃO PUXES O RABO AO GATO que ele mija-te no X-Acto. SE QUISERES QUE A TUA MULHER SEJA FIEL, não lhe dês bolos de mel. SE TENS TUSA E NÃO TENS MULHER, esfrega-te no chão e seja o que Deus quiser. QUEM MUITO BEBE, muito se embebeda. PRETAS A LAVAR, elefantes no mar. GÁS INTESTINAL, chuva no nabal. GASES NO RECTO, peido de beto. MULHERES SOZINHAS, tanto tuas como minhas. LADRÃO QUE ROUBA A LADRÃO é um cabrão HOMEM BOM, c'est un con. CERA DE ABELHA EM TESTA DE MORTO só na Guarda ou no Porto. CURSO DE MEDICINA, dedo na vagina. CURSO DE ENGENHARIA, grande porcaria. QUEM TEM CU não sabe o que diz. MULHER DE JORNALISTA, canário, gaiola e alpista. PEIXE DE RIO EM FOGO LENTO,